Alta do dólar: entenda as consequências no nosso dia-a-dia

  • 20/11/2024
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A cotação do dólar alcançou o patamar de R$5,12 nessa terça-feira (15/02), sendo considerado um recorde nominal. Essa notícia tem causado preocupação em investidores e, principalmente, na população. Afinal, quais são os efeitos da alta do dólar em nossa vida? Nesse post vamos explicar como a cotação do dólar influencia o consumo.

Atualmente, o registro da cotação do dólar atingiu recorde nominal desde a criação do Plano Real. Há uma série de fatores que influenciaram a alta do dólar, um dos principais motivos foi a repercussão negativa do discurso do Paulo Guedes, atual ministro da Economia. Em sua declaração, em Washington, o ministro afirmou para os investidores se acostumarem com a baixa de juros e alta do câmbio por um longo período, o que causou um recuo dos investidores.

Mas, não foi apenas o discurso de Paulo Guedes e seu impacto negativo nos investidores que causou a alta do dólar, a queda da taxa Selic e contas externas do governo também influenciaram nesse aumento. Os índices baixos da taxa Selic comprometem o lucro dos investidores estrangeiros, o que torna o Brasil menos atrativo comparado com meses anteriores. Além disso, o endividamento externo do Brasil aumentou cerca de 41% comparado ao ano anterior.

Muitos questionamentos estão sendo levantados após as notícias de alta do dólar, principalmente pelo consumidor brasileiro. Afinal, quais são as consequências práticas da cotação do dólar atingir níveis altos? Vamos pontuar as principais consequências logo abaixo.

1. O real perde o poder de compra

O efeito mais evidente no dia a dia do brasileiro é a perda do poder de compra com a cotação alta do dólar. Isto significa que o consumo de produtos estrangeiros se tornam mais onerosos, o que automaticamente reduz o poder de compra. Por exemplo, no ano de 2002, o dólar estava no patamar de R$2,30, o que tornava viagens ao estrangeiro e compra de produtos mais acessíveis. Atualmente, com o dólar registrado em R$4,24, o brasileiro tem que pagar o dobro para adquirir o mesmo que em 2002.

Dessa forma, fazer uma viagem para o exterior e comprar produtos importados se torna mais caro. Durante a valorização do dólar, o brasileiro reduz consideravelmente a sua capacidade de consumo, pois a nossa moeda se torna “fraca” para adquirir esses produtos.

2. Risco de alta da inflação

A valorização do dólar faz com que a inflação se torne alta, o que afeta diretamente o consumo do brasileiro. Por conta do nosso mercado importar grande número de matéria-prima do exterior, a alta do dólar torna a importação mais cara para as empresas, o que faz com o que os preços dos produtos aumentem de preço – desde a gasolina até a carne.

3. Aumento de turistas estrangeiros 

Fazer uma viagem internacional durante a valorização do dólar pode sair 4x mais caro para o bolso em comparação com uma viagem feita dentro do país. Mas para turistas estrangeiros que possuem uma moeda com poder de compra, o Brasil se torna um país acessível e barato para realizar uma viagem e consumir produtos e serviços durante a sua viagem.

O lado positivo da alta do dólar é o aumento do turismo interno, tanto pelos estrangeiros quanto pelos brasileiros. Esse aumento de demanda de consumo estimula a economia local e beneficiam empresários nacionais.

4. Exportações se tornam mais atrativas

Apesar das importações de produto serem mais caras, o lado positivo da alta do dólar é o aumento da demanda de exportação de matérias-primas nacionais. A valorização do dólar torna exportação de nossos produtos mais barata, o que aumenta a exportação de produtos de empresas nacionais e em consequência contribuem para a economia nacional.

O lado negativo é que o preço desses produtos nacionais podem aumentar proporcionalmente para os brasileiros. Nos últimos dias, a carne bovina aumentou de preço para os consumidores, uma vez que o Brasil alcançou recorde na exportação de carne bovina para China, desde que o país passou por um surto de gripe suína.

As alterações da moeda estrangeira podem mexer com seu bolso e, por isso, a melhor forma de evitar prejuízos é economizar.  Quer mais dicas de investimentos? Clique no botão abaixo e comece ainda hoje! 

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Advogada, especialista em gestão de negócios pela FGV. Atualmente cursando Pós Graduação em Finanças, Investimentos e Banking pela PUC.

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